Porque Jesus deixou o lenço dobrado no túmulo? -
“E que o lenço, que
estivera sobre a cabeça de Jesus, não estava com os panos, mas enrolado num
lugar à parte." (João 20:7)
O LENÇO tem uma tradição de
ser utilizado principalmente em eventos e importantes cerimoniais. Isto é, em
variadas funções sociais, quer pela nobreza, classe média ou baixa, pela
burguesia, etc. Além de fazer parte de um traje, até sofisticado, é usado como
uma combinação no vestuário, também em acontecimentos importantes e formais,
como casamentos, funerais, entre outros.
Em João 20:7 nos conta que
aquele lenço que foi colocado sobre a face de Jesus não foi deixado de lado como
os lençóis do túmulo. (LEIA O TEXTO).
Por quê...
- VAMOS PENSAR
UM POUCO NOS MOMENTOS ANTES DO SEPULCRO:
Imagine você
observando os eventos que tomaram lugar na província romana da Judéia. Cruzando
o Vale de Cedron, Jesus e Seus discípulos chegam a um dos seus lugares
favoritos – o Jardim do Getsêmani. Jo 18:1-2.
Enquanto seus discípulos
esperam, Jesus se distância poucos metros para orar. Sua petição ao Pai
demonstra uma tensão emocional maior que palavras podem descrever.
Creio que o pensamento de
fracassar na missão, sem dúvidas, digo que O levava a uma agonia extrema. “E,
posto em agonia, orava mais intensamente”.
Diz a Bíblia que o seu suor
tornou-se em grandes gotas de sangue, que corriam até ao chão. Lc
22:44.
Jesus mal acabara de orar
quando Judas chega com uma multidão de aproximadamente 150 pessoas armadas de
espadas e tochas. ‘Salve, Mestre.’ diz Judas beijando a Jesus - Este era o
sinal para os homens prenderem a Cristo.
Tudo aconteceu tão rápido!
Jesus foi preso e levado. Em medo e confusão, os apóstolos abandonaram seu
Mestre e fugiram.
Nas primeiras horas da
manhã, o Sinédrio falsamente acusa a Jesus de blasfêmia. Interesses políticos
permeiam a vergonhosa trama jurídica. Assim, depois de abusos físicos e
agressões verbais, Jesus é levado ao Gólgota, onde é implacavelmente pregado a
duas madeiras de tortura.
Lá esta Ele. Podemos perceber a expressão de angústia em Seu rosto. Jesus sofre uma morte agonizante. Teria
sido a maior tragédia da história se a morte de Jesus realmente tivesse acabado
com a Sua vida.
Felizmente, isso não
ocorreu. Os discípulos foram
surpreendidos ao descobrir que Jesus havia levantado da morte. Aleluia.
E neste momento, a única
coisa que podemos notar é Maria Madalena, caminhando através da escura madruga
em direção ao sepulcro. Mas pasmem – a pedra
estava removida!
Num ímpeto mesclado de
pavor e ansiedade, Madalena corre até Pedro e João e os notifica sobre a
ausência do Mestre na tumba. Sim, os dois correm em direção ao túmulo. Correm em busca de respostas, correm motivados pela emoção, correm
em busca do seu Deus.
Ambos correm! Mas não João.
João avança como um velocista em busca da medalha olímpica e chega primeiro ao
local do sepultamento.
Era demasiada informação
para o pequeno coração de João. A angústia da separação na sexta, agora era
substituída pela incerteza da ressurreição.
Preste atenção – Observe que uma
pergunta atormentava o coração:
Extasiado pela ausência de
Cristo, uma ambivalência sentimental é desencadeada pelas vívidas lembranças
das declarações de Jesus – teria meu melhor amigo ressuscitado ou O teriam levado?
E enquanto sua mente fica
detida nestas perguntas, seu coração
logo enxerga os lençóis de linho que envolvia a Cristo.
E ele simplesmente fica
parado.
Contemplando o local e
maravilhado pela cena.
Ele não precisa atravessar
a abertura na rocha para verificar por meios concretos sobre a realidade do que
havia acontecido – sobre a verdade da ressurreição. Não! Ele apenas sabia que
Jesus havia ressuscitado! Mas como?
Mesmo Pedro, que sempre
apreciou obter soluções racionais e impulsivas, não começou a vasculhar o local
em busca de respostas táteis! Ele apenas
entrou, e creu!
O melhor amigo de Jesus, ao
narrar estes acontecimentos em seu livro no capítulo 20:1-10. Coloca um pequeno
verso que, compreendido sob a perspectiva das tradições daquela época, nos
mostra o porquê deles terem acreditado na ressurreição (mesmo sem terem visto a
Cristo); e ainda, nos ensina sobre as intenções de Jesus para nós hoje.
Pensemos: - E o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus, e que não
estava com os lençóis, mas deixado num lugar à parte. Jo 20:7.
Vamos refletir novamente...
A Bíblia reserva um
versículo inteiro, para nos dizer que o lenço, foi dobrado
cuidadosamente e colocado na cabeceira do túmulo de pedra.
Bem cedo, na manhã de
domingo, Maria Madalena foi à tumba e descobriu que a pedra da entrada
havia sido removida.
Ela correu ao encontro
de Simão Pedro e outro discípulo... (aquele que Jesus tanto amara):
João e disse ela: - "Tiraram o corpo do Senhor e eu não sei
para onde o levaram."
Pedro e o outro discípulo
correram ao túmulo para ver ...
O outro discípulo passou à
frente de Pedro e lá chegou primeiro. Ele parou e observou os lençóis, mas ele
não entrou no túmulo.
Simão Pedro chegou e
entrou. Ele também notou os lençóis ali deixados, enquanto o lenço que cobrira
a face de Jesus estava dobrado, e colocado em outro lado.
Para poder entender a
significado do lenço dobrado, se faz necessário que
entendamos um pouco a respeito da tradição Hebraica daquela época.
Quando o Servo colocava a
mesa de jantar para o seu Amo, ele buscava ter certeza em fazê-lo exatamente da
maneira que seu Amo queria.
A mesa era colocada ao
gosto de seu Amo e, o Servo esperava fora da visão Dele, até que
o mesmo terminasse a refeição. O Servo não podia se atrever nunca,
a tocar na mesa antes que o Amo tivesse terminado a sua refeição.
Diz a tradição que
ao terminar a refeição, o Amo se levantava, limpava
os dedos, a boca, a sua barba, e embolava o lenço e o
jogava sobre a mesa. Naquele tempo o lenço embolado queria
dizer: "Eu terminei".
No entanto, se o Amo
se levantasse e deixasse o lenço dobrado ao lado do prato, o Servo
jamais ousaria tocar na mesa porque, o lenço dobrado queria dizer:
- "Eu voltarei!".
A Bíblia reserva um
versículo inteiro para nos contar que o lenço fora dobrado e cuidadosamente
colocado na cabeceira do túmulo de pedra.
“Eu sou a Ressurreição e a Vida!” A morte foi vencida pelo Senhor da Vida! Já
não há mais o que temer!!