sábado, 28 de março de 2015

DOMINGO DE RAMOS


DOMINGO DE RAMOS (29/3/2015)
“Hosana, bendito o que em nome do Senhor, o Rei de Israel” (Jo12, 13)

Com o Domingo de Ramos, iniciamos a celebração da Páscoa. A entrada de Jesus em Jerusalém significou Hosana e Cruz. É o inicio da Semana Santa, a Semana do Amor Maior, quando fazemos memória dos últimos momentos de Jesus em sua caminhada terrena, desde sua entrada em Jerusalém, sua entrega na cruz, para nos salvar e sua gloriosa ressurreição para nos dar vida nova.
       Somos convidados a contemplar o grande amor de Deus, que desceu ao nosso encontro, partilhou a nossa humanidade, fez-se homem, deixou-se matar pela nossa salvação. É uma oportunidade para reviver os mistérios centrais da Redenção.
O povo o reconhece como Salvador e o aclama alegre... (Jo 12,12-16) e com a leitura da Paixão de Jesus Cristo, segundo São Marcos... (Mc 14,1-15,47)
Os RAMOS, que carregamos com alegria e entusiasmo na procissão e que levamos com devoção para nossas casas, são o sinal de um povo, que aclama o seu Rei e o reconhece como Senhor que salva e liberta. Devem ser o Sinal do compromisso de quem deseja viver intensamente essa Semana Santa.
- Não basta apenas aclamar o Cristo em momentos de entusiasmo e depois crucificá-lo na rotina de todos os dias.
Hoje, faz-se o “gesto concreto de solidariedade”, a Coleta da Campanha da Fraternidade. Sejamos generosos e fraternos; nossa oferta represente um sinal de nosso caminho quaresmal e de nossa sincera conversão a Deus. Na Sexta-Feira Santa é feita em todas as igrejas a Coleta para os Lugares Santos, gesto de solidariedade para com os cristãos que testemunham a fé e o Evangelho nos lugares bíblicos e, muitas vezes, sofrem enormes dificuldades, perseguições e até o martírio! Por isso mesmo, desejo convidar a todos os filhos da Igreja a participarem das celebrações da Semana Santa na Paróquia, tanto na Matriz como na Capela Aparecida, cujo programa está abaixo.

PROGRAMAÇÃO DA SEMANA SANTA 2015

Dia 29 de Março  > Domingo de Ramos
8h00 >  Procissão saindo da Capela Aparecida
8h30 >  Bênção dos Ramos: Capela Menino Jesus de Praga
9h00 > Missa: Igreja Matriz

Dia 30 de Março  > Segunda-feira Santa – Via Sacra Luminosa
19h30 > Nas Ruas próximas à Igreja Matriz e da Capela Aparecida

Dia 31 de Março > Terça-feira Santa – Celebração do Perdão
19h30 > Igreja Matriz

Dia 01 de Abril  > Quarta-feira Santa – Missa dos Santos Óleos
20h00 > Catedral de Santo Antônio – Piracicaba

Dia 02 de Abril > Quinta-feira Santa Missa da Ceia do Senhor
19h30 > Igreja Matriz e Capela Aparecida  -  Cerimônia do Lava- pés,  Translado do Santíssimo Sacramento e Vigília Eucarística 21h00 às 24h00 


Dia 03 de Abril  > sexta-feira Santa
5h00 > Caminhada Penitencial
Inicio Capela Santo Inácio até a Igreja Matriz.
( Ônibus sairá da Praça da Matriz às 4h00 passando pela Capela Menino Jesus e Aparecida e o ponto de ônibus perto da rodovia).
15h00 > Ato Litúrgico da Paixão do Senhor e  Adoração da Santa Cruz, na Igreja Matriz e Capela Aparecida
19h00 > Procissão Luminosa do Encontro:
·        Imagem de Nossa Senhora das Dores: saída da Praça Moacir Silva Bueno (caixa d’água)  em procissão, acompanhada pelas mulheres.
·        Imagem do Senhor Morto: saída da Praça Eugênia Bueno Piovesan (Imagem Nossa Senhora da Conceição) em procissão, acompanhada pelos homens.
·        O encontro das imagens acontecerá defronte à Igreja Matriz

Dia 04 de Abril  > Sábado Santo
19h30 > Missa da Vigília Pascal na Matriz e Capela Aparecida

Dia 05 de Abril  > Domingo de Páscoa
9h00 > Missa da Ressurreição do Senhor  - Igreja Matriz
19h00 > Celebração  da Ressurreição do Senhor -  Capela Aparecida


FELIZ E SANTA PÁSCOA A VOCÊ E SUA FAMÍLIA!

sexta-feira, 20 de março de 2015

ANIVERSÁRIO DE IPEÚNA


 IPEÚNA: JUBILEU DE OURO DE EMANCIPAÇÃO POLITICA
Feliz a nação cujo Deus é o Senhor!” (Sl 33,12)

            Bom Dia, IPEÚNA!!!!!Parabéns pelo seu Jubileu de Ouro de Emancipação Política, que não foram em vão. Aqui estamos, seus habitantes e parceiros, espalhados pelas suas lindas serras e seus lugares turísticos que tornam maravilhosa esta cidade, e acolhe com hospitalidade impar todo aquele que chega. E eu sou prova dessa acolhida, quando cheguei aqui há 11 anos, como Administrador Paroquial, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição!
            Aqui estamos, IPEÚNA, ao teu lado, nascidos ou acolhidos, cheios de inspiração e vontade, porque não é em todo lugar que se avista tão belas paisagens que enche os nossos olhos e transborda o coração.
            SANTA DA CRUZ DA INVERNADA, BOA VISTA, PASSA CINCO, IPOJUCA, IPEÚNA...não importa o nome, mas o que ressalto “Foi a origem/
De uma história bem singela/ que nasceu numa capela/Que, com fé ali se ergueu... A mão de Deus/Com ternura e suavidade/Vem cobrir minha cidade/Que nasceu como a canção.”
Ter a marca da fé é a maior de todas as graças, e saber que este foi inicio desta amada cidade: reconhecer que o “Senhor é Deus, Ele nos fez e somos seus, somos seu povo e seu rebanho” (Sl 100,3). Que esta certeza, fortaleça a nossa esperança no futuro, e estejamos todos com braços abertos, corações entrelaçados, todos em Deus irmanados, é o que faz viver contente”
            Por tantas dádivas glorificamos ao Senhor e pedimos que seu Santo Espírito guie a todos para que nosso município progrida não só populacional ou  economicamente, mas na ordem e no desenvolvimento humano, para que mantenha sua origem de fé tão viva pela Cruz sempre marcada”...Cruz que é sinal de salvação, e que nos faz filhos e filhas do mesmo Pai, por isso irmãos e irmãs, “faz com que Ipeúna seja uma família, uma árvore de amor”
           
            Por isso entendemos que o aniversário de uma cidade é muito mais do que um marco na vida de cada cidadão. É uma página virada para conquistar novos sonhos, novas realizações e continuar reescrevendo a história, pois sempre temo muito para crescer e melhorar! E assim com garra e fé devemos continuar lutando para alcançar a tão sonhada transformação do nosso Município, e os objetivos do povo ipeunense.
            Parabéns, IPEÚNA! Que Deus, por intercessão de nossa Mãe e Padroeira, Maria Santíssima, continue lhe abençoando e ao seu povo. Com determinação e persistência, procuremos construir juntos a Civilização do Amor, pondo em prática o que nos pede nossa Mãe Santíssima, nossa Padroeira, ensina-nos a fazer tudo o que Seu Filho nos diz” (Jo 2, 3).
                                     Com minha benção a todo povo ipeunense
                                                      Diác. Flori



           
  

terça-feira, 10 de março de 2015

ABERTURA DA CATEQUESE - 2015


CELEBRAÇÃO DE ABERTURA DA CATEQUESE PERMANENTE PAROQUIAL (3/3/2015)

Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e a tua casa” (Atos 16:31)
             03 de março, às 19h30, celebrou-se em nossa Paróquia, na Capela Aparecida, a abertura da Catequese Permanente, com crianças, adolescentes, adultos, pais e catequistas.
            Às catequistas foi ministrado o envio para que vivam a certeza da graça e presença de Deus Trino nesta divina missão: levar a mensagem da Boa Nova aos catequizandos.
            Aos pais, a motivação para que sejam testemunhas, guias e incentivo para seus filhos e filhas no caminho do Senhor, entendendo que somos apenas seus administradores e não donos, pois eles pertencem ao Senhor.
            Aos catequizandos, uma palavra carinhosa e acolhedora, mas também uma exortação para que sejam assíduos nos encontros, e sejam aqueles que “acordem” seus pais quanto à sua responsabilidade na parte que lhes cabe em sua educação na fé.
            Catequistas, força, coragem e ardor em sua missão. Mirem-se no exemplo de Maria Santíssima, a primeira e principal catequista que teve como tarefa guiar o próprio Filho de Deus nos primeiros passos da fé e lembrem-se: ”os que educam muitos para a justiça brilharão para sempre como estrelas” (Dn 12,3).
            Minha benção e carinho a todos e todas

                                                     Diác. Flori















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VISÃO SACRAMENTAL


Ainda uma visão sacramental...

Vocês me perdoem, mas, eu ainda me assusto com a visão "sacramental" que muitos catequistas ainda têm da catequese da nossa Igreja. Isso porque, por mais que a gente leia, discuta, divulgue e promova a visão que a Igreja pós-concílio prega, ainda tem gente achando que se faz catequese para receber sacramento!

Numa recente discussão em nosso grupo, estávamos debatendo a validade de se ter crianças na catequese, cujos pais são evangélicos.

Não dá, simplesmente não dá, para pensar que em nossa catequese tenha CRIANÇAS SENDO CATEQUIZADAS a despeito da religião de seus pais. Que eles não sigam religião nenhuma, e a criança procure uma crença que seja dela, até vai. É um direito da criança. Assim como é dever dos pais orientá-la nisso. Mas, quando os pais seguem uma religião protestante ou evangélica e o filho, criança ainda, quer ser católico, é de doer. Essa desculpa de que a criança "quer", me lembra do mesmo querer que uma criança tem de um brinquedo que o amigo da escola possui e ele não.

Que eu saiba, uma pessoa só atinge a maioridade aos 18 anos e pode, assim, fazer o que quiser e escolher a vida que quer seguir. Nossos filhos menores não fazem o que querem nem vão aonde querem sem permissão. Eles não têm maturidade suficiente para decidir, sozinhos, nada na vida, nem sequer o que vão comer. É nosso dever de pais proporcionar uma alimentação saudável para eles e, por “incrível” que pareça, dizer a eles a hora de dormir. Eles também não decidem se querem ou não ir para a escola, ou ao dentista ou visitar a Vovó.  E assim é com muita coisa. Inclusive com a fé. Um pai e uma mãe, responsáveis, jamais deixariam seus filhos na porta de uma Igreja: que não frequentam, de uma religião que eu não seguem; seja para frequentar culto, pregação, catequese ou o que quer que seja.

Onde então, nós catequistas, estamos com a cabeça ao aceitar semelhante coisa? Por que tem criança na catequese católica com pais de outra religião?Por que não vamos evangelizar e converter estes pais? Que "merreca" de discípulos missionários nós somos?

Um trecho do DNC só pra esclarecer umas coisas (Itens 33 e 34):

CATEQUESE E EVANGELIZAÇÃO

A evangelização é uma realidade rica, complexa e dinâmica, que compreende momentos essenciais, e diferentes entre si (cf. CT 18 e 20; DGC 63): o primeiro momento é o anúncio de Jesus Cristo (querigma); a catequese, um desses “momentos essenciais”, é o segundo, dando-lhe continuidade. Sua finalidade (da catequese) éaprofundar e amadurecer a fé, educando o convertido para que se incorpore à comunidade cristã. A catequese sempre supõe a primeira evangelização. Por sua vez, à catequese segue-se o terceiro momento: a ação pastoral para os fiéis já iniciados na fé, no seio da comunidade cristã (cf. DGC 49), através da formação continuada.

(Em resumo: Evangelização= Anúncio, depois catequese, depois ação pastoral).

Catequese e ação pastoral se impregnam do ardor missionário, visando à adesão mais plena a Jesus Cristo. A atividade da Igreja, de modo especial a catequese, traduz sempre a mística missionária que animava os primeiros cristãos. A catequese exige conversão interior e contínuo retorno ao núcleo do Evangelho (querigma), ou seja, ao mistério de Jesus Cristo em sua Páscoa libertadora, vivida e celebrada continuamente na liturgia. Sem isso, ela deixa de produzir os frutos desejados. Toda ação da Igreja leva ao seguimento mais intenso de Jesus (cf. CR 64) e ao compromisso com seu projeto missionário.

CONVERSÃO, SEGUIMENTO, DISCIPULADO, COMUNIDADE

O fruto da evangelização e catequese é o fazer discípulos: acolher a Palavra, aceitar Deus na própria vida, como dom da fé. Há certas condições da nossa parte, que se resumem em duas palavras evangélicas: conversão e seguimento. A fé é como uma caminhada, conduzida pelo Espírito Santo, a partir de uma opção de vida e uma adesão pessoal a Deus, através de Jesus Cristo, e ao seu projeto para o mundo. Isso supõe também a aceitação intelectual, o conhecimento da mensagem de Jesus. O seguimento de Jesus Cristo realiza-se, porém, na comunidade fraterna. O discipulado, que é o aprofundamento do seguimento, implica renúncia a tudo o que se opõe ao projeto de Deus e que diminui a pessoa. Leva à proximidade e intimidade com Jesus Cristo e ao compromisso com a comunidade e com a missão (cf. CR 64- 65; AS127c).

Para maior esclarecimento e aprofundamento dos conceitos de evangelização, catequese, ação pastoral, iniciação cristã, formação continuada, catecumenato etc., pode-se consultar o documento da CNBB: Com adultos catequese adulta, Estudos da CNBB 80, 2001, cap. IV, nn. 86-124. Sobre a “originalidade da pedagogia da fé”.

Agora, pergunto eu: Uma criança de 11, 12 anos ou um adolescente de 13, 14 anos, recém-crismado, tem maturidade para entender tudo isso sem a mediação dos adultos? Neste caso, a família, que é a base de sua formação? Porque, sem entender isso, receber a Eucaristia e a Crisma é mera formalidade sacramental. Não é a isso que a IVC tanto fala? Mais que uma catequese com adultos, uma catequese adulta, se faz urgente! A começar por muitos de nossos catequistas...


Angela Rocha


sábado, 7 de março de 2015

quinta-feira, 5 de março de 2015

CATEQUESE COM O PAPA

Catequese papa: "Não privemos as nossas famílias da beleza da experiência fraterna de filhos"

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papa-familias"A quebra do vínculo entre irmãos é uma coisa bruta e má para a humanidade. Também em família, quantos irmãos brigam por coisas pequenas, ou por uma herança e depois não se falam mais, não se saúdam mais. Isto é ruim!", disse o papa Francisco, em catequese, na Quarta-feira de Cinzas, 18. O pontífice falou da vocação do irmão e da irmã na família. Dando continuidade às catequeses sobre a família, ele apresentou reflexão sobre a passagem bíblica de Caim e Abel e chamou atenção para as relações dolorosas de conflito, de traição, de ódio entre irmãos.
Ao final da catequese, o papa sugeriu para que todos rezem por seus irmãos. "Em silêncio cada um de nós, pensemos nos nossos irmãos, nas nossas irmãs e em silêncio do coração rezemos por eles", disse.
Confira a íntegra da mensagem:
Queridos irmãos e irmãs, bom dia.
No nosso caminho de catequeses sobre família, depois de ter considerado o papel da mãe, do pai, dos filhos, hoje é a vez dos irmãos. "Irmão" e "irmã" são palavras que o cristianismo ama muito. E, graças à experiência familiar, são palavras que todas as culturas e todas as épocas compreendem.
A ligação fraterna tem um lugar especial na história do povo de Deus, que recebe a sua revelação no vivo da experiência humana. O salmista canta a beleza da ligação fraterna: "Eis como é belo e como é doce que os irmãos vivam juntos!" (Sal 132, 1). E isto é verdade, a fraternidade é bonita! Jesus Cristo levou à sua plenitude também esta experiência humana de ser irmãos e irmãs, assumindo-a no amor trinitário e potencializando-a de forma que vá bem além das ligações de parentesco e possa superar todo muro de estranheza.
Sabemos que quando a relação fraterna se arruína, quando se arruína as relações entre irmãos, se abre o caminho a experiências dolorosas de conflito, de traição, de ódio. A passagem bíblica de Caim e Abel constitui o exemplo deste êxito negativo. Depois do assassinato de Abel, Deus pergunta a Caim: "Onde está Abel, o teu irmão?"(Gen 4,9a). É uma pergunta que o Senhor continua a repetir a cada geração. E, infelizmente, não cessa de se repetir também a dramática resposta de Caim: "Não sei. Sou talvez eu o protetor do meu irmão?" (Gen 4,9b). A quebra do vínculo entre irmãos é uma coisa bruta e má para a humanidade. Também em família, quantos irmãos brigam por coisas pequenas, ou por uma herança e depois não se falam mais, não se saúdam mais. Isto é ruim! A fraternidade é uma coisa grande, quando se pensa que todos os irmãos habitaram o ventre da mesma mãe durante nove meses, vêm da mesma carne da mãe! E não se pode romper a fraternidade. Pensemos um pouco: todos conhecemos famílias que têm irmãos divididos, que brigaram; peçamos ao Senhor por estas famílias – talvez na nossa família há alguns casos – que os ajude a reunir os irmãos, a reconstituir a família. A fraternidade não deve ser rompida e quando se rompe acontece o que aconteceu com Caim e Abel. Quando o Senhor pergunta a Caim onde está o seu irmão, ele responde: "Mas, eu não sei, a mim não importa o meu irmão". Isto é bruto, é uma coisa muito dolorosa de ouvir. Nas nossas orações sempre rezemos pelos irmãos que se dividiram.
A ligação de fraternidade que se forma em família entre os filhos, se acontece em um clima de educação à abertura aos outros, é a grande escola de liberdade e de paz. Na família, entre irmãos, se aprende a convivência humana, como se deve conviver em sociedade. Talvez nem sempre somos conscientes disso, mas é justamente a família que introduz a fraternidade no mundo! A partir dessa primeira experiência de fraternidade, alimentada pelos afetos e pela educação familiar, o estilo de fraternidade se irradia como uma promessa sobre toda a sociedade e sobre relações entre os povos.
A benção que Deus, em Jesus Cristo, derrama sobre este vínculo de fraternidade o dilata de um modo inimaginável, tornando-o capaz de ultrapassar toda diferença de nação, de língua, de cultura e até mesmo de religião.
Pensem o que se torna a ligação entre os homens, mesmo muito diferentes entre eles, quando podem dizer do outro: "Este é como um irmão, esta é como uma irmã para mim!". Isso é belo! A história mostrou o suficiente que, mesmo a liberdade e a igualdade, sem fraternidade, podem se encher de individualismo e de conformismo, também de interesse pessoal.
A fraternidade em família resplandece de modo especial quando vemos a preocupação, a paciência, o afeto de que são circundados o irmãozinho ou a irmãzinha mais frágil, doente ou portador de necessidades especiais. Os irmãos e irmãs que fazem isso são muitos, em todo o mundo, e talvez não apreciamos o suficiente sua generosidade. E quando ou irmãos são tantos na família – hoje, cumprimentei uma família que tem nove filhos – o maior ou a maior ajuda o pai, a mãe a cuidar do menor. E é bonito este trabalho de ajuda entre os irmãos.
Ter um irmão, uma irmã que te quer bem é uma experiência forte, impagável, insubstituível. Do mesmo modo acontece para a fraternidade cristã. Os menores, os mais frágeis, os mais pobres devem nos sensibilizar: têm "direito" de nos tomar a alma e o coração. Sim, esses são nossos irmãos e como tais devemos amá-los e cuidar deles. Quando isso acontece, quando os pobres são como de casa, a nossa própria fraternidade cristã retoma a vida. Os cristãos, de fato, vão ao encontro dos pobres e frágeis não para obedecer a um programa ideológico, mas porque a palavra e o exemplo do Senhor nos dizem que todos somos irmãos. Este é o princípio do amor de Deus e de toda justiça entre os homens. Sugiro a vocês uma coisa: antes de terminar, faltam poucas linhas, em silêncio cada um de nós, pensemos nos nossos irmãos, nas nossas irmãs e em silêncio do coração rezemos por eles. Um instante de silêncio.
Bem, com essa oração levamos todos, irmãos e irmãs, com o pensamento, com o coração, aqui na praça para receber a benção.
Hoje, mais do que nunca, é necessário levar de volta a fraternidade ao centro da nossa sociedade tecnocrática e burocrática: então também a liberdade e a igualdade tomarão suas corretas entonações. Por isso, não privemos as nossas famílias da beleza de uma ampla experiência fraterna de filhos e filhas. E não percamos a nossa confiança na amplitude de horizonte que a fé é capaz de trazer desta experiência, iluminada pela benção de Deus.
CNPF/CNBB com News.va.