Conheço
a tua miséria
“Eu, teu Deus, conheço a tua miséria, os combates e as
tribulações da tua alma, as fraquezas e as infermidades do teu corpo; conheço a
tua frouxidão, os teus pecados, as tuas falhas; mesmo assim, eu te digo: “Dá-me
o teu coração, ama-me como és”. Se esperas ser perfeito para te entregares ao
amor, nunca me amarás. Embora tornes a cair muitas vezes nessas faltas que
desejarias nunca conhecer, em cada instante e em qualquer situação em que te
encontres, no fervor ou na aridez, na felicidade ou na infelicidade, ama-me tal
como és. Em ti, até amo a própria fraqueza. Amo o amor dos pobres. Não são as
virtudes que eu te peço; e, se eu te as concedesse, tão fraco como és, em breve se lhes juntaria o
amor-próprio. Não te perturbes com isso. Poderia destinar-te para grandes
coisas. Ama as pessoas, é o suficiente! O amor te levará a fazer tudo o resto,
sem que penses nisso; procura apenas preencher o momento presente com o teu
amor. Hoje, estou à porta do teu coração, como um mendigo. Bato e espero;
apressa-te a abrir-me a porta, não alegues a tua miséria. Se tu conhecesses perfeitamente
a tua indigência, morrerias de dor. A única coisa que poderia ferir-me seria
ver-te duvidar e perder a confiança. Quando tiveres de sofrer, dar-te-ei a
força necessária. Não esperes ser
perfeito para te entregares ao amor, senão, nunca amarás.”
CELEBRAÇÃO DO PERDÃO
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