domingo, 24 de agosto de 2014

DIA DO CATEQUISTA



VOCAÇÃO DO CATEQUISTA: ANÚNCIO DO REINO E TESTEMUNHO DE SANTIDADE 

Queridos Catequistas,

       Como é bom saber que, em meio a tantos desafios à vivência da fé, há uma corrente do bem formada por catequistas que acreditam que tais desafios são possibilidades de vida.

      


Apaixonado (a) pela Palavra de Deus, cada um de nós um dia ouviu o apelo para seguir Jesus Cristo, juntou-se fraternalmente aos demais discípulos e se entregou à missão de “fazer ecoar a palavra” em todo lugar. Nossa missão é colaborar na construção de um mundo onde o reinado de Deus se dê na justiça e na paz.
      
       Entre as outras vocações no mês de agosto, celebramos o Dia do Catequista; para bem celebrá-lo lembramos das palavras do Papa Francisco: “ Ser catequista é uma vocação. É dar testemunho da fé, ser coerente na sua vida. Nós ajudamos, nós conduzimos ao encontro com Cristo com palavras e vida, como testemunho” (Discurso aos catequistas no Congresso Internacional de Catequese, Roma, setembro/2013)

      
O Papa ainda nesta ocasião, considerou ainda que vocação é caso de amor. É amor que vem e vai, entre Cristo, catequista, catequizando, comunidade... É receber e dar amor. Ele indicou-nos os meios para cultivar este amor que vem de Cristo:

1.   PERMANECER EM JESUS. Ter familiaridade com Ele. Ficar em sua presença. Deixar-nos olhar por Ele. Aquecer o coração com o amor Dele para aquecermos aos outros;
2.   DESCENTRALIZAR-SE E ABRIR-SE PARA OS OUTROS, assim como Jesus fez. Consciente de que recebeu o dom da fé, o catequista dá esse dom de presente aos outros;
3.   IR ALÉM, SEM MEDO, COM DINAMISMO E CRIATIVIDADE! Abrir as portas, ir à periferia, ir aonde houver necessidade, pois quem nos espera no coração do irmão que sofre ou não tem fé é Jesus. Catequista é quem tem audácia de traçar novos caminhos para a proclamação do Evangelho.

      
 Na certeza de que Jesus nos antecede e toma sempre a iniciativa no amor, prossigamos nossa missão com alegria, sob o olhar materno de Maria, que no céu, assunta, olha por todos nós.

       Que sejamos alegres e felizes em nossa vocação, pois assim fomos chamados para sermos parceiros na construção da Civilização do Amor!



Abençoado Dia do Catequista, com paixão de anunciar o Amor Encarnado do Pai: Jesus Cristo,

Com carinho e minha bênção
                                                                     Diácono Flori 

sábado, 16 de agosto de 2014

VOCAÇÃO RELIGIOSA


ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA-VOCAÇÃO RELIGIOSA (17/8/2014)



        No terceiro domingo do mês Vocacional celebramos a Vocação Religiosa. Quando nos referimos à vida religiosa, temos presente os homens e as mulheres que, vivendo em comunidade, buscam a perfeição pessoal e assumem a missão própria do seu Instituto, Ordem ou Congregação. Na solenidade da Assunção de Maria ao Céu, a Igreja lembra que a Mãe de Jesus é modelo para todos os cristãos, e, de forma particular, dos  que se consagram a Deus pelos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Hoje existem diferentes formas de vida consagrada, desde os que testemunham a fé em comunidades apostólicas, contemplativas e monásticas, até os que, pessoalmente, se inserem nas realidades profissionais e evangelizadoras, e aí vivem sua consagração e missão. Recordamos aqui os inúmeros institutos seculares.
A VOCAÇÃO RELIGIOSA


          O carisma da vida religiosa está orientado por Deus e para o mundo. A vocação religiosa é assumida por homens e mulheres que foram chamas à testemunhar Jesus Cristo de maneira radical. É a entrega da própria vida a Deus.
          Essa vocação no inicio do Cristianismo era conhecida como vida eremitica, monástica e religiosa. Nesses dois mil anos de história surgiram inúmeras ordens, congregações, institutos, sociedade de vida apostólica. Os religiosos dão um testemunho radical de Jesus Cristo com sinal visível de sua presença libertadora, disponibilizando totalmente sua vida a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs; vivem em uma comunidade fraterna, partilham tudo que tem, usam o amor sem exclusividade, consagrando suas vidas a um carisma especifico e assumem uma missão também especifica. Um religioso vive em primeiro lugar a sua consagração nos votos, depois, por carisma congregacional por vocação e necessidade da Igreja.
OS VOTOS


            O carisma da Vida Religiosa é um dom para a Igreja e um sinal para o mundo. Sua vida é um compromisso com o mundo. Destaca o contraste do Evangelho com a sociedade materialista. Fazem três votos como sinais visualizadores de uma realidade futura como sonho, mas presente como necessidade: Viver mergulhado no coração misericordioso do Pai, enxertado na árvore da vida, que é Cristo e alicerçado pela força vibrante e sempre presente do Espírito Santificador.
          O voto é para homens e mulheres que O contempla, sinal de que existe alguma coisa muito maior que simples realidades terrenas. Sinal mergulhado no Cristo histórico e atualizado no Cristo Vivo e Eucarístico presente em todas as comunidades e que aponta as realidades vindouras do Reino já iniciado.
               A vocação religiosa é um chamado a uma vivência radical do batismo. É caracterizada por um constante combate contra a idolatria, especialmente através da vivência dos votos de obediência, castidade e pobreza..
·       VOTO DA OBEDIÊNCIA: quando homens e mulheres colocam-se numa atitude de dependência de Deus. Eles (as) são porta-vozes e braços de Deus. Enquanto a sociedade privilegia o poder, o ter, o (a) religioso (a) responde com seu ser obediente.
·       VOTO DA CASTIDADE: como oferta da própria vida. È a entrega vital que é a sexualidade a uma causa nobre. Vive-se a castidade canalizando a energia fundamental para as obras proféticas geradoras de vida e de esperança nas comunidades cristãs. Não apenas em não manter relações sexuais, mas “amar sem possuir”, mesmo em suas transferências apostólicas, não se apegado (a); estar a serviço de todos. Hoje o amor é confundido com relacionamento puramente sexual, isto é, a instrumentalização do amor e da força da sexualidade.
·       VOTO DA POBREZA: neste voto os (as) religiosos (as) demonstram que o TER não é tudo na vida e sim apenas um instrumento. O mundo de hoje vive o apego demasiado às coisas materiais, vive-se um consumismo desenfreado: “as pessoas valem por aquilo que elas têm e não por aquilo que são”... Para Deus as pessoas não são coisas, elas não valem por aquilo que têm, mas por aquilo que são. É por isso que os (as) religiosos (as) são totalmente desapegados das coisas materiais e tudo o que conseguem na vida dividem com a comunidade.

          O (a) religioso não se distingue pela sua ação, mas pela sua vida, onde convivem com pessoas diferentes (idade, nação, personalidade). Querem viver o Evangelho de um modo especial; vivem em comunidade. É uma forma profética de vida.
         
OS CARISMAS


          Outra característica importante na vida religiosa é o carisma. O carisma é um dom, uma graça, um presente, está relacionado diretamente com o ser da pessoa. É aquilo que ela é, é a ação de Deus na vida da pessoa.
          O carisma é a ação do Espírito Santo que potencia a pessoa para determinada missão.
          Os (as) religiosos (as) vivem um carisma especifico e deriva daí sua missão.
          Costumamos ver os religiosos as religiosas, os irmãos, as irmãs, os padres ligados à uma congregação, à frente de grandes obras: nas escolas, hospitais, missões populares, em mosteiros, comunidades contemplativas e em tantos lugares. Essas são as obras. São frutos de um carisma especial. São frutos do Espírito Santo.
          A vida religiosa inserida é desafiadora na tolerância e no cotidiano da vida dos excluiidos. É uma graça do Espírito Santo, partilhar da vida dos últimos. Ama-se os pobres, não por serem pobres, mas por serem pessoas humanas “preferidas do Pai” < daí a gratuidade do amor.

          Porém, a vida religiosa entra em crise quando deixa de lado a vivência dessa vocação primeira, a radicalidade do batismo, para afirmar somente as suas atividades, práticas. Quando deixa de lado a vivência de sua consagração, o religioso, pouco a pouco, se afasta de seu chamado

          Por isso devemos orar sempre para que cada vez mais, os religiosos, as religiosas e consagrados sejam para o mundo testemunhas de viver com sentido, e para que sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com eles a grande comunidade, que é a Igreja, em sua missão de evangelização. E que muitos jovens descubram que vale a pena doar a vida Àquele que por primeiro deu sua vida por nós: CRISTO JESUS!

A ASSUNÇÃO DE MARIA



Este dogma, proclamado em 1950, no dia primeiro de novembro, pelo Papa Pio XII, por meio da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, afirma a glorificação corporal de Maria, ou seja, que Ela, depois da sua vida terrena, se encontra no estado em que os justos se encontrarão depois da ressurreição final. Maria é assunta em corpo e alma à glória celeste, por vontade de Deus Pai e Jesus Cristo, Deus Filho, no Espírito Santo.
Assunção é diferente de Ascensão. Maria é assunta, ou seja, precisou de Deus para elevá-la ao céu; Jesus ascendeu ao céu, ou seja, foi por vontade própria. Observar que a    
           Assunção de Maria é uma mudança de estado e não de lugar. Não é possível localizar um corpo glorioso.
         
             A Igreja oriental usa o temo “Dormição”
            Maria é imagem e início da Igreja do futuro, aquela que será feita no Reino dos Céus nos finais dos tempos (cf. Apocalipse 21-22; epílogo). Com Maria, uma mulher participa da
Glória do Deus vivo; a dignidade da mulher é reconhecida pelo criador. Por tudo isto é que devemos entender que o nosso corpo, templo do Espírito Santo é para a santidade, não para o pecado, pois iremos todos ao Pai, assuntos como Maria, na plenitude do fim dos tempos.
O dogma da Assunção é consequência da sua Imaculada Conceição, pois de sua parte, a Igreja Católica deduziu estes dois dogmas ao longo do tempo, através de uma reflexão teológica, cujos dados estão contidos, em germe, na Escritura e na mais antiga Tradição. Este principio  de desenvolvimento teológico do dogma, a Igreja o adotou também para outros importantes aspectos doutrinais que não estão sempre claramente explicitados na Bíblia, como, por exemplo, a definição dos 7 Sacramentos e a infalibilidade pontifícia...
Maria, como toda criatura, também foi salva por Cristo: mais do que ter sido "isenta" do pecado original, dever-se-ia adotar o termo "preservada" do pecado original, isto é, beneficiou-Se antecipadamente da redenção feita por Cristo... Assim, Maria gozou imediatamente da plenitude dos frutos da redenção que os demais féis só gozam depois da morte. É certamente um privilégio, mas que não a subtrai da sorte comum dos demais seres humanos: só o antecipa.
O Segundo Concílio de Nicéia (787) distinguiu a veneração aos santos (dulia) da adoração (latria) devida somente a Deus. O recurso fundamental do culto cristão é o que vai ao Pai, através do Filho, no Espírito Santo. O destinatário do culto é sempre Deus. O caminho mais direto é o do Filho para chegar ao Pai.   

APLICAÇÕES SOBRE NOSSAS REALIDADES A PARTIR DO DOGMA
DA ASSUNÇÃO:

            O sentido teológico do dogma da Assunção é riquíssimo. É importante destacar a mensagem luminosa que nos oferece a exaltação de Maria na glória a respeito da dignidade do corpo da mulher e do homem, essa dignidade hoje ignorada e desrespeitada ainda que se pretende afirmá-la.
           
Os corpos sofridos de hoje e sua fome de dignidade
            O Documento de Puebla (1969) já havia vislumbrado a importância do dogma da Assunção no contexto do nosso “Continente onde – ai se lê- a profanação do homem é uma constante” (n.298). Mas é em todo o mundoque a vida se encontra de mil formas ameaçada e os corpos sofridos. De fato, podemos elencar os “corpos profanados” hoje:
  • O corpo da mulher, degradado pela prostituição e pela cultura machista;
  • O corpo do operário, pela exploração e pelo “horror econômico”;
  • O corpo do jovem, pela droga, pelo abuso e pela violência;
  • O corpo da criança, pelo abuso sexual e pelo abandono social;
  • O corpo do preso, pela tortura e por todo tipo de maus tratos;
  • O corpo do consumidor, pelo consumismo e pelo envenenamento químico;
  • O corpo do cidadão, por toda a sorte de violências: urbana, terrorista da guerra
           
            Olhando para Maria, o cristão aprende a descobrir o valor do próprio corpo e a preservá-lo como templo de Deus, templo do Espírito Santo, na expectativa da ressurreição.
            Maria assunta aos céus é a realidade futura por qual todos passaremos. É anúncio da Salvação antecipado por Ela. Assim como Maria, também seremos chamados à termo para prestarmos conta.
            Totus tuus (Todo teu): Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Recebo-Vos em tudo quanto me diz respeito. Daí-me vosso coração, ó Maria. – Lema do Papa João Paulo II, consagrado a Maria, inspirado em São Luís Maria Grignion de Montfort.



MÃE SANTISSIMA, FOSTE ESCOLHIDA POR DEUS E VIVESTE PLENAMENTE ESTA ESCOLHA, AJUDA-NOS A VIVER COMO ESCOLHIDOS E REVESTE-NOS COM SEU MANTO PARA QUE NÃO NOS PERCAMOS NO CAMINHO, PRESERVEMOS A VIDA E ANUNCIEMOS A VERDADE QUE É TEU DIVINO FILHO. AMÉM

terça-feira, 12 de agosto de 2014

DIA DO DIÁCONO


VOCAÇÃO DIACONAL (10/08/2014)
           
            Em agosto, mês das vocações, celebramos também a vocação diaconal. no dia 10 de agosto comemora-se o “dia do diácono", na festa de São Lourenço, diácono e mártir, patrono dos diáconos. De São Lourenço recordamos o seu testemunho a respeito dos "bens" da Igreja: “a riqueza da Igreja são os pobres!”
           
            O diácono é uma vocação ministerial para o serviço. O próprio termo diaconia expressa o ser diácono – o que serve, configurando-se ao Cristo Servo que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate de muitos (Mc 10,45). O ministério diaconal se expressa em três dimensões:
·        o serviço da Palavra de Deus,
·        o serviço da Caridade
·        e o serviço da Liturgia.

            O Diaconato é sacramento da caridade aos pobres e excluídos no sentido amplo. Assim, o diácono não é ordenado para si mesmo, nem para colocar-se acima dos leigos, nem para desempenhar funções diferentes dos presbíteros e dos bispos, mas pela sua vida e testemunho, incorporado à Igreja por meio de um Sacramento, ele deve revelar uma dimensão especial da diaconia (serviço), do sacerdócio e do mistério de Cristo, ajudando a construir um mundo mais de acordo com o Projeto de Deus. 

            O Concílio Vaticano II, no texto da restauração do diaconato, lembra: “Dedicados aos ofícios da caridade e da administração, lembrem-se os diáconos do conselho do bem-aventurado Policarpo: ‘Misericordiosos e diligentes, procedam em harmonia com a verdade do Senhor, que se fez servidor de todos’” (LG 29). 

            A graça sacramental recebida no dia da ordenação diaconal dá aos Diáconos a força necessária para servir o Povo de Deus na DIACONIA da Liturgia, da Palavra e da Caridade, em comunhão com o Bispo e o seu presbitério (CIC 1588).

            Assim, o Diácono assiste e serve os bispos e presbíteros que presidem a cada liturgia, vigiam sobre a doutrina e guiam o Povo de Deus.

            Dessa forma, a identidade e a missão dos Diáconos na Igreja, é ser sinal de Cristo Servo, e animadores da Diaconia da Igreja, da vocação ao serviço de cada comunidade eclesial e de cada cristão.


         Em relação aos padres, o diácono permanente contribui com sua larga experiência de inserção na vida familiar e profissional e no mundo, podendo ajudá-los, especialmente os mais jovens. 
                      São muitos os campos onde a nossa Igreja deve fazer-se mais presente:
·         pastorais sociais, educação,         
·         meios de comunicação social,
·         movimentos populares.
      Como este grau do Sacramento da Ordem só foi restaurado no Ocidente em 1965, poucos católicos têm consciência da função do diácono na comunidade. Em nossas condições, o diácono, como membro do clero, exerce o seu ministério:
·         administrando o Sacramento do Batismo,
·          presidindo a celebração do Matrimônio,
·          proferindo as Exéquias (encomendação dos defuntos),
·         proclamando a Palavra nas celebrações litúrgicas,
·         atuando na formação dos leigos
·         e desenvolvendo as pastorais sociais na área da caridade.
            Concluindo, os diáconos são pessoas consagradas que representam pública e oficialmente o Cristo-Servo na sua família, no trabalho, na comunidade e na sociedade.

sábado, 9 de agosto de 2014

FELIZ DIA DOS PAIS




Pai...
Ao seu coração...
À sua sensibilidade...
À sua disponibilidade em dar...
À sua crença em construir...
Senhor, abençoa os pais do mundo.
Todos eles precisam de proteção,
pois a missão é idêntica para todos.
Há muito o que fazer. O caminho
é difícil, a jornada é longa.
E muitas vezes há hesitação.
Há pressa...
Há incompreensão...
Há desespero...
Senhor! Abençoa todos aqueles
que tem a tarefa de educar os filhos.
Dá-lhes alegria e fé, para que
possam ser aqueles amigos que a
Juventude espera.
Capazes de ouvir seus anseios com
amor.
Capazes de aprender a mensagem
De seus corações.
Capazes de orientar sua inteligência.
Senhor, que todos os pais do mundo
saibam ser verdadeiramente pais,
amando,compreendendo e
perdoando,para que assim possa
estar à altura da missão que Tu
mesmo colocaste em suas mãos.
Que todos os pais do mundo sejam
abençoados.
Feliz e santa missão de ser pai segundo o coração de Deus














SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA



Vocação da família (10/8/2014)
Um dia para a família.
                 No segundo domingo do mês vocacional celebramos a vocação da família, tendo presente o dia dos pais. A família vem sofrendo muita violência e agressão, em seu sentido e em seus valores, passando por um processo de desestruturação. Mas é verdade também que existe um clima favorável à reflexão, à oração, ao afeto, à gratidão para com os pais, uma retomada do lugar fundamental da família. A família é chamada por Deus a ser pai, a ser mãe, a gerar vida, a ser testemunhas do amor e da fraternidade. É sinal de Deus Pai Criador. A Igreja no Brasil, consciente da importância da família no plano da salvação e no projeto de evangelização, quis lhe dedicar um dia especial. Nesse sentido o segundo domingo de agosto é dedicado à família como vocação e missão. Ela é querida e criada por Deus.

A vocação da família.
             Se expressa na aliança da Trindade com a humanidade na continuidade e garantia da vida, e vida plena. Concretiza o projeto de Deus para os homens e mulheres que é vida e dignidade. No amor e na fidelidade da família se encontra o sinal visível e palpável, pelo sacramento do matrimônio, do amor e da fidelidade do próprio Deus.É o espaço e o ambiente ideal para aprofundar e formar a consciência vocacional das crianças, dos adolescentes, dos jovens; enfim, a responsabilidade vocacional de todos. Diz o Papa João Paulo II que "os pais servirão verdadeiramente a vida dos seus filhos, se os ajudarem a fazer da própria existência um dom, respeitando as suas escolhas maduras e promovendo com alegria cada vocação, mesmo a vocação religiosa e sacerdotal". Que grandiosa e bela vocação tem a família.

A família, celeiro das vocações.
            A família, pelo sacramento do matrimônio, participa da missão educativa da Igreja, que é mestra e mãe. Denominada igreja doméstica a família oferece as condições favoráveis para o nascimento e o crescimento das vocações. As famílias têm a missão de educar seus filhos e filhas para uma autêntica vida cristã. Ao cultivarem os valores da fé a família abre espaços e tempos para que os filhos possam discernir o chamado de Deus. Na verdade uma autêntica família cristã, testemunha fiel no mundo e comprometida com os ministérios na comunidade, proporciona um confronto sadio entre os ideais e sonhos dos adolescentes e jovens com as propostas do Evangelho, às necessidades da Igreja e da humanidade. A família é o celeiro, é o campo e a messe, é a sementeira das vocações e dos ministérios.


Amor à família.

              No dia da família, de sua vocação e de sua missão na Igreja e no mundo, elevemos nosso louvor a Deus e nossa gratidão aos pais e à família que temos. Mesmo que muitos homens e mulheres não assumiram sua responsabilidade de pais, mesmo que muitos filhos e filhas estejam abandonados e excluídos de um aconchego familiar, de uma casa, temos a responsabilidade de anunciar e propor a família e seus valores como fundamentais para que a vida não se perca e o Evangelho seja vivido e anunciado. Nossa vocação é a da inclusão de todos em uma família, que seja fraterna, justa, solidária, missionária, evangelizadora.
O exemplo de Nazaré. No ano vocacional somos chamados a revalorizar o lugar e a importância da família no projeto de Deus e para a evangelização do mundo. Cremos que nas famílias cristãs e evangelizadoras surgirão muitas e santas vocações. Vamos seguir o exemplo da família de Nazaré que, em sua pequenez e humildade, se fez a servidora do Senhor. Somos todos a família de Deus.
          Nesta ocasião em que se propaga uma cultura do provisório, do relativo, do não comprometimento, do apenas 'curtir', o Papa Francisco nos tem dito que Deus chama para escolhas definitivas. Deus tem um projeto para cada um. Descobri-lo e responder à própria vocação é caminhar para a própria realização. A todos Deus chama à santidade, a viver a sua vida feliz. Alguns são chamados a se santificar constituindo uma família através do sacramento do Matrimônio. A família é célula que nasce do amor de um homem e de uma mulher, em caráter indissolúvel, aberto à vida, promovendo a dignidade da pessoa humana, o sacramento do matrimônio e a inviolabilidade da vida e da família.
      
           O Documento de Aparecida nos fala da importância de valorizar a família e de defender seus direitos neste tempo de tantas mudanças. A família não é mera instituição natural; antes, faz parte do projeto Criador (cf. Gn 1,27), de modo que "pertence à natureza humana que o homem e a mulher busquem um no outro sua reciprocidade e complementariedade" (nº 116). É na família que a pessoa "descobre os motivos e o caminho para pertencer à família de Deus" (nº 118). A família nunca cairá de moda. Onde existem o amor e a fidelidade, nasce e perdura a verdadeira liberdade.

SEMANA NACIONAL DA FAMILIA: “A ESPIRITUALIDADE CRISTÃ NA FAMÍLIA: UM CASAMENTO QUE DÁ CERTO”            
             A cada ano, a Igreja Católica no Brasil celebra a sua Semana Nacional da Família, começando com a comemoração do Dia dos Pais, no segundo domingo de agosto, estendendo-se por toda a semana; este ano, do dia 10 a 16, quando somos convidados a refletir sobre o tema: "A espiritualidade cristã na família: um casamento que dá certo", que propõe a prática espiritual do casal e em família.

Toda família tem necessidade de Deus

              Toda família tem necessidade de Deus. Necessidade da Sua ajuda, da Sua força, da Sua bênção, da Sua misericórdia, do Seu perdão. E requer simplicidade. Quando a família reza unida, o vínculo torna-se mais forte. A vocação da família é estar a serviço do amor e da vida.

        Que a Sagrada Família, Jesus, Maria e José, proteja as nossas famílias e que seus direitos sejam respeitados para o próprio bem do futuro da humanidade.




segunda-feira, 4 de agosto de 2014

VOCAÇÃO SACERDOTAL




Vocação Sacerdotal: chamado para uma vida de amor 

A missão do sacerdote
                  A festa litúrgica do Cura d’Ars, no mês de agosto, oferece oportunidade para maior e melhor compreensão do Sacerdócio católico e seu papel na sociedade. Problemas e contradições o   acompanham: elogiado por uns, incompreendido e vilipendiado por outros.
               João Batista Maria Vianey era um medíocre, segundo os critérios humanos. Somente sua piedade ardente conseguiria vencer as dificuldades para o acesso às Ordens Sacras.
             Ars, um lugar desconhecido e, ainda hoje, pequeno aglomerado de casas. No entanto, a santidade de um pároco transformou-o em extraordinário centro de irradiação apostólica por toda a França e conhecido no mundo inteiro.
          O padre, se autêntico, é um homem profundamente marcado pela Fé. Participa das limitações e anseios da humanidade e, ao mesmo tempo, é alguém invadido pelo mistério de Deus.
             Esta opção fundamental de sua vida transborda em suas ações e caracteriza as atividades no plano temporal.
         No Decreto “Presbyterorum Ordinis” (nº 2), o Concílio Vaticano II nos ensina: “O fim a que visam os presbíteros por seu ministério e vida é ocupar-se da glória de Deus Pai em Cristo. Consiste esta glória em aceitarem os homens a obra de Deus levada à perfeição por Cristo”.
           Emerge desse quadro a complexidade de uma missão. Profundamente identificado com o meio de onde é escolhido, com uma destinação da mais alta relevância, não perde as características de fraqueza de seus irmãos. A eles deve trazer o remédio salvífico e, antes, utilizá-lo para si, a fim, de melhor capacitado, transmiti-lo aos outros.
            O sacerdote é pedra de tropeço para quem não o vê em sua dimensão global, divina e humana. A incompreensão o acompanha e assume posições contraditórias no julgamento de muitos. Busca fazer nascer, ressurgir ou aumentar no coração do Povo de Deus o amor de Cristo, esforçando-se por construir uma comunidade viva. Para isso tem por critério a caridade pastoral.
                Pela limitação própria e dos outros, esse pastoreio é muitas vezes mal interpretado, com muitas falhas, cuja correção é lenta, gradual e jamais completada.
             Assim, entre o sacerdote e os fiéis, é imperioso haver íntima colaboração e ajuda. O cristão que apóia este ministério sagrado fortifica a própria ação do Redentor. Este age pelos séculos na concretização de sua obra, particularmente através dos ministros sagrados, cujo caráter sacerdotal não faz desaparecer as limitações terrenas.
            Assim, a escassez de padres, o problema do chamamento de jovens à vida consagrada, é assunto que interessa a cada um de nós. A pastoral vocacional obriga a todos.
          Seu fundamento é a prece, segundo a orientação do Mestre. Ao ver a messe grande e serem poucos os operários, ele diz: “Rogai ao Senhor da messe que envie operários à sua messe” (Mt 9,38). Às paróquias, às famílias, às escolas, aos indivíduos é destinada esta ordem.
             Para facilitar as atividades vocacionais, “a pastoral vocacional deve empenhar a comunidade cristã em todos os seus âmbitos. Obviamente, no referido trabalho pastoral capilar está incluída também a obra de sensibilização das famílias, muitas vezes indiferentes se não mesmo contrárias à hipótese da vocação sacerdotal. Que elas se abram com generosidade ao dom da vida e eduquem os filhos para serem disponíveis à vontade de Deus!” (Papa Bento XVI, “Sacramentum Caritatis”, nº 25)
         O êxito de todo este esforço, autenticamente evangélico, pede a cada membro da comunidade eclesial que assuma sua responsabilidade. Parte especial cabe aos próprios sacerdotes. O exemplo de uma existência inteiramente consagrada ao serviço do Senhor, no desprendimento dos bens materiais, na obediência - uma face oposta às facilidades do mundo - eis uma prova válida para a mocidade idealista aceitar o chamado do Mestre. O padre feliz vale por uma campanha!
           Ele é o homem do Sagrado. Esse mistério do Eterno, que carrega consigo, deve transparecer. Aparentemente as pessoas podem elogiar o ministro profano. Mas somente aquele que faz Cristo viver em seu modo de falar, de agir, de vestir, consegue levar a Deus os que vivem d’Ele afastados; mais do que os métodos de trabalho, dos predicados humanos vale a santidade de vida, extraordinário meio para transmissão da graça.
           O Cura d’Ars é um exemplo vivo ainda em nossos dias. Ele nos questiona, aos padres de modo particular, mas também a toda a comunidade eclesial. Proclama alto o valor do ministro do Senhor para toda a sociedade.

           Na verdade, continuam válidas as palavras do Mestre: o seu seguidor é o sal da terra e a luz do mundo. Interessa a todos conservar essa luz acesa, pois há trevas e insegurança. No ambiente que se decompõe, em meio à corrupção generalizada, goza de grande importância alguém que, por sua palavra e, melhor ainda pelo seu exemplo, seja elemento que conserva os fundamentos da moral. Parabéns Padre pelo seu SIM ao Sacerdócio, obrigado por ser um homem de DEUS.