POR QUE SETEMBRO É O MÊS DA BÍBLIA?
A IGREJA CELEBRA O MÊS DA BÍBLIA: UM JARDIM
FLORIDO COM AS FLORES DE DEUS.
Por
causa da Páscoa de São Jerônimo, dia 30 de setembro, autor no Século IV da
tradução latina da Bíblia, e grande estudioso e apaixonado pela Sagrada
escritura. Este trabalho ele realizou
durante 35 anos, em uma gruta de Belém, a pedido do Papa Dâmaso, de 385 a 420.
Desde a majestosa
simplicidade da História dos Primórdios nos primeiros capítulos do Gênesis, a
vocação de Abraão, a era dos patriarcas, o Êxodo, dominado pela figura
empolgante de Moisés, e a grande história do deserto, das maravilhas de Deus,
da Aliança do Sinai.
Depois, os Juízes e
os Reis, com as figuras insuperáveis de Davi e Salomão. E a divisão do povo em
dois reinos: O de Judá e de Israel. O Exílio na Babilônia e a volta e a
recomposição.
Tudo isso iluminado
pela Palavra dos profetas, que iam mostrando o sentido das coisas de Deus para
além das vicissitudes das guerras e do domínio da terra. E tudo cantado em
canções de louvor, de súplica e às vezes de dor e contrição. São os Salmos,
cuja poesia não é superada por nenhuma poesia humana.
Depois vem o Novo Testamento, quando Deus, “depois de ter falado mil vezes e de diversos modos aos Pais pelos profetas, falou definitivamente no filho a quem constituiu herdeiro de todas as coisas e pelo qual fez os séculos” (Hb 1,1s). Nada mais sábio nem mais santo do que o livro do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, nas quatro redações: dos sinóticos e de São João, continuando depois como que num eco de vida e de eficácia no Livro dos Atos dos Apóstolos e nas cartas de São Paulo e de outros apóstolos, terminando com o Apocalipse, que é um cântico de vitória e de esperança.
O Mês da Bíblia há
de nos ajudar a nos familiarizarmos sempre mais com o texto sagrado, não só
pela leitura que deles se faz na liturgia, mas em nossas leituras e meditações
pessoais ou nos círculos Bíblicos e grupos de reflexão que hoje fazem crescer
tanto a Igreja, alimentada com a Palavra de Deus. E seria muito importante nos
lembrarmos de que o Espírito não só inspirou os autores sagrados para que
escrevessem os livros, mas continua de algum modo misterioso a inspirar a
Igreja e os fiéis, quando lemos esses livros. Por isso mesmo, não se lê a
Sagrada Escritura apenas por uma curiosidade científica ou para deleite
estético. É um falar com Deus.
Lembramo-nos de que
assim se estabelece colóquio entre Deus e o homem, uma vez que ” A Ele falamos
quando rezamos e a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos” (Santo
Ambrósio , apud DV 25/196).
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