sábado, 16 de agosto de 2014

VOCAÇÃO RELIGIOSA


ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA-VOCAÇÃO RELIGIOSA (17/8/2014)



        No terceiro domingo do mês Vocacional celebramos a Vocação Religiosa. Quando nos referimos à vida religiosa, temos presente os homens e as mulheres que, vivendo em comunidade, buscam a perfeição pessoal e assumem a missão própria do seu Instituto, Ordem ou Congregação. Na solenidade da Assunção de Maria ao Céu, a Igreja lembra que a Mãe de Jesus é modelo para todos os cristãos, e, de forma particular, dos  que se consagram a Deus pelos conselhos evangélicos: pobreza, castidade e obediência. Hoje existem diferentes formas de vida consagrada, desde os que testemunham a fé em comunidades apostólicas, contemplativas e monásticas, até os que, pessoalmente, se inserem nas realidades profissionais e evangelizadoras, e aí vivem sua consagração e missão. Recordamos aqui os inúmeros institutos seculares.
A VOCAÇÃO RELIGIOSA


          O carisma da vida religiosa está orientado por Deus e para o mundo. A vocação religiosa é assumida por homens e mulheres que foram chamas à testemunhar Jesus Cristo de maneira radical. É a entrega da própria vida a Deus.
          Essa vocação no inicio do Cristianismo era conhecida como vida eremitica, monástica e religiosa. Nesses dois mil anos de história surgiram inúmeras ordens, congregações, institutos, sociedade de vida apostólica. Os religiosos dão um testemunho radical de Jesus Cristo com sinal visível de sua presença libertadora, disponibilizando totalmente sua vida a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs; vivem em uma comunidade fraterna, partilham tudo que tem, usam o amor sem exclusividade, consagrando suas vidas a um carisma especifico e assumem uma missão também especifica. Um religioso vive em primeiro lugar a sua consagração nos votos, depois, por carisma congregacional por vocação e necessidade da Igreja.
OS VOTOS


            O carisma da Vida Religiosa é um dom para a Igreja e um sinal para o mundo. Sua vida é um compromisso com o mundo. Destaca o contraste do Evangelho com a sociedade materialista. Fazem três votos como sinais visualizadores de uma realidade futura como sonho, mas presente como necessidade: Viver mergulhado no coração misericordioso do Pai, enxertado na árvore da vida, que é Cristo e alicerçado pela força vibrante e sempre presente do Espírito Santificador.
          O voto é para homens e mulheres que O contempla, sinal de que existe alguma coisa muito maior que simples realidades terrenas. Sinal mergulhado no Cristo histórico e atualizado no Cristo Vivo e Eucarístico presente em todas as comunidades e que aponta as realidades vindouras do Reino já iniciado.
               A vocação religiosa é um chamado a uma vivência radical do batismo. É caracterizada por um constante combate contra a idolatria, especialmente através da vivência dos votos de obediência, castidade e pobreza..
·       VOTO DA OBEDIÊNCIA: quando homens e mulheres colocam-se numa atitude de dependência de Deus. Eles (as) são porta-vozes e braços de Deus. Enquanto a sociedade privilegia o poder, o ter, o (a) religioso (a) responde com seu ser obediente.
·       VOTO DA CASTIDADE: como oferta da própria vida. È a entrega vital que é a sexualidade a uma causa nobre. Vive-se a castidade canalizando a energia fundamental para as obras proféticas geradoras de vida e de esperança nas comunidades cristãs. Não apenas em não manter relações sexuais, mas “amar sem possuir”, mesmo em suas transferências apostólicas, não se apegado (a); estar a serviço de todos. Hoje o amor é confundido com relacionamento puramente sexual, isto é, a instrumentalização do amor e da força da sexualidade.
·       VOTO DA POBREZA: neste voto os (as) religiosos (as) demonstram que o TER não é tudo na vida e sim apenas um instrumento. O mundo de hoje vive o apego demasiado às coisas materiais, vive-se um consumismo desenfreado: “as pessoas valem por aquilo que elas têm e não por aquilo que são”... Para Deus as pessoas não são coisas, elas não valem por aquilo que têm, mas por aquilo que são. É por isso que os (as) religiosos (as) são totalmente desapegados das coisas materiais e tudo o que conseguem na vida dividem com a comunidade.

          O (a) religioso não se distingue pela sua ação, mas pela sua vida, onde convivem com pessoas diferentes (idade, nação, personalidade). Querem viver o Evangelho de um modo especial; vivem em comunidade. É uma forma profética de vida.
         
OS CARISMAS


          Outra característica importante na vida religiosa é o carisma. O carisma é um dom, uma graça, um presente, está relacionado diretamente com o ser da pessoa. É aquilo que ela é, é a ação de Deus na vida da pessoa.
          O carisma é a ação do Espírito Santo que potencia a pessoa para determinada missão.
          Os (as) religiosos (as) vivem um carisma especifico e deriva daí sua missão.
          Costumamos ver os religiosos as religiosas, os irmãos, as irmãs, os padres ligados à uma congregação, à frente de grandes obras: nas escolas, hospitais, missões populares, em mosteiros, comunidades contemplativas e em tantos lugares. Essas são as obras. São frutos de um carisma especial. São frutos do Espírito Santo.
          A vida religiosa inserida é desafiadora na tolerância e no cotidiano da vida dos excluiidos. É uma graça do Espírito Santo, partilhar da vida dos últimos. Ama-se os pobres, não por serem pobres, mas por serem pessoas humanas “preferidas do Pai” < daí a gratuidade do amor.

          Porém, a vida religiosa entra em crise quando deixa de lado a vivência dessa vocação primeira, a radicalidade do batismo, para afirmar somente as suas atividades, práticas. Quando deixa de lado a vivência de sua consagração, o religioso, pouco a pouco, se afasta de seu chamado

          Por isso devemos orar sempre para que cada vez mais, os religiosos, as religiosas e consagrados sejam para o mundo testemunhas de viver com sentido, e para que sejam entre nós sinais vivos e confiáveis do amor de Deus e de seu Reino. Com eles a grande comunidade, que é a Igreja, em sua missão de evangelização. E que muitos jovens descubram que vale a pena doar a vida Àquele que por primeiro deu sua vida por nós: CRISTO JESUS!

A ASSUNÇÃO DE MARIA



Este dogma, proclamado em 1950, no dia primeiro de novembro, pelo Papa Pio XII, por meio da Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, afirma a glorificação corporal de Maria, ou seja, que Ela, depois da sua vida terrena, se encontra no estado em que os justos se encontrarão depois da ressurreição final. Maria é assunta em corpo e alma à glória celeste, por vontade de Deus Pai e Jesus Cristo, Deus Filho, no Espírito Santo.
Assunção é diferente de Ascensão. Maria é assunta, ou seja, precisou de Deus para elevá-la ao céu; Jesus ascendeu ao céu, ou seja, foi por vontade própria. Observar que a    
           Assunção de Maria é uma mudança de estado e não de lugar. Não é possível localizar um corpo glorioso.
         
             A Igreja oriental usa o temo “Dormição”
            Maria é imagem e início da Igreja do futuro, aquela que será feita no Reino dos Céus nos finais dos tempos (cf. Apocalipse 21-22; epílogo). Com Maria, uma mulher participa da
Glória do Deus vivo; a dignidade da mulher é reconhecida pelo criador. Por tudo isto é que devemos entender que o nosso corpo, templo do Espírito Santo é para a santidade, não para o pecado, pois iremos todos ao Pai, assuntos como Maria, na plenitude do fim dos tempos.
O dogma da Assunção é consequência da sua Imaculada Conceição, pois de sua parte, a Igreja Católica deduziu estes dois dogmas ao longo do tempo, através de uma reflexão teológica, cujos dados estão contidos, em germe, na Escritura e na mais antiga Tradição. Este principio  de desenvolvimento teológico do dogma, a Igreja o adotou também para outros importantes aspectos doutrinais que não estão sempre claramente explicitados na Bíblia, como, por exemplo, a definição dos 7 Sacramentos e a infalibilidade pontifícia...
Maria, como toda criatura, também foi salva por Cristo: mais do que ter sido "isenta" do pecado original, dever-se-ia adotar o termo "preservada" do pecado original, isto é, beneficiou-Se antecipadamente da redenção feita por Cristo... Assim, Maria gozou imediatamente da plenitude dos frutos da redenção que os demais féis só gozam depois da morte. É certamente um privilégio, mas que não a subtrai da sorte comum dos demais seres humanos: só o antecipa.
O Segundo Concílio de Nicéia (787) distinguiu a veneração aos santos (dulia) da adoração (latria) devida somente a Deus. O recurso fundamental do culto cristão é o que vai ao Pai, através do Filho, no Espírito Santo. O destinatário do culto é sempre Deus. O caminho mais direto é o do Filho para chegar ao Pai.   

APLICAÇÕES SOBRE NOSSAS REALIDADES A PARTIR DO DOGMA
DA ASSUNÇÃO:

            O sentido teológico do dogma da Assunção é riquíssimo. É importante destacar a mensagem luminosa que nos oferece a exaltação de Maria na glória a respeito da dignidade do corpo da mulher e do homem, essa dignidade hoje ignorada e desrespeitada ainda que se pretende afirmá-la.
           
Os corpos sofridos de hoje e sua fome de dignidade
            O Documento de Puebla (1969) já havia vislumbrado a importância do dogma da Assunção no contexto do nosso “Continente onde – ai se lê- a profanação do homem é uma constante” (n.298). Mas é em todo o mundoque a vida se encontra de mil formas ameaçada e os corpos sofridos. De fato, podemos elencar os “corpos profanados” hoje:
  • O corpo da mulher, degradado pela prostituição e pela cultura machista;
  • O corpo do operário, pela exploração e pelo “horror econômico”;
  • O corpo do jovem, pela droga, pelo abuso e pela violência;
  • O corpo da criança, pelo abuso sexual e pelo abandono social;
  • O corpo do preso, pela tortura e por todo tipo de maus tratos;
  • O corpo do consumidor, pelo consumismo e pelo envenenamento químico;
  • O corpo do cidadão, por toda a sorte de violências: urbana, terrorista da guerra
           
            Olhando para Maria, o cristão aprende a descobrir o valor do próprio corpo e a preservá-lo como templo de Deus, templo do Espírito Santo, na expectativa da ressurreição.
            Maria assunta aos céus é a realidade futura por qual todos passaremos. É anúncio da Salvação antecipado por Ela. Assim como Maria, também seremos chamados à termo para prestarmos conta.
            Totus tuus (Todo teu): Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Recebo-Vos em tudo quanto me diz respeito. Daí-me vosso coração, ó Maria. – Lema do Papa João Paulo II, consagrado a Maria, inspirado em São Luís Maria Grignion de Montfort.



MÃE SANTISSIMA, FOSTE ESCOLHIDA POR DEUS E VIVESTE PLENAMENTE ESTA ESCOLHA, AJUDA-NOS A VIVER COMO ESCOLHIDOS E REVESTE-NOS COM SEU MANTO PARA QUE NÃO NOS PERCAMOS NO CAMINHO, PRESERVEMOS A VIDA E ANUNCIEMOS A VERDADE QUE É TEU DIVINO FILHO. AMÉM

Um comentário:

  1. A BOCA FALA DO QUE ESTÁ CHEIO O CORAÇÂO
    (LC.6.45)
    (EC.51.33) Eu abri a minha boca e disse: (JB.3.27) O homem não pode receber cousa alguma, se do céu não lhe for dada: (EF.3.8) A mim, o menor de todos os Santos, me foi dada a graça de pregar aos gentios o Evangelho das insondáveis riquezas de Cristo:(RM.9.1) Digo a verdade em Cristo, não minto, testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência; (RM.7.22) porque no tocante ao Homem Interior, tenho prazer na Lei de Deus:(1CO.9.3) E a minha defesa perante os que me interpelam é esta: (DN.9.13) Como está escrito:(EF.4/4/6) Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados, numa só esperança da vossa vocação; há somente um Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus, e Pai de todos, o qual é Senhor de todos, age por meio de todos, e está em todos: (TG.4.12) Há um só legislador e Juiz; (TM.2.5) porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os Homens, Cristo Jesus, Homem: (IS.46.5) A quem me comparareis para que Eu seja seu semelhante? (JÓ.6.28) Agora, pois, se sois servidos, olhai para mim e vede que não minto na vossa cara: (JÓ.33.3) As minhas razões provam a sinceridade do meu coração, e os meus lábios proferem o puro saber: (GL.1.20) Ora, acerca do que vos escrevo, eis que diante de Deus testifico que não minto; (1PE.2.6) pois isso está na Escritura:



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