segunda-feira, 4 de agosto de 2014

VOCAÇÃO SACERDOTAL




Vocação Sacerdotal: chamado para uma vida de amor 

A missão do sacerdote
                  A festa litúrgica do Cura d’Ars, no mês de agosto, oferece oportunidade para maior e melhor compreensão do Sacerdócio católico e seu papel na sociedade. Problemas e contradições o   acompanham: elogiado por uns, incompreendido e vilipendiado por outros.
               João Batista Maria Vianey era um medíocre, segundo os critérios humanos. Somente sua piedade ardente conseguiria vencer as dificuldades para o acesso às Ordens Sacras.
             Ars, um lugar desconhecido e, ainda hoje, pequeno aglomerado de casas. No entanto, a santidade de um pároco transformou-o em extraordinário centro de irradiação apostólica por toda a França e conhecido no mundo inteiro.
          O padre, se autêntico, é um homem profundamente marcado pela Fé. Participa das limitações e anseios da humanidade e, ao mesmo tempo, é alguém invadido pelo mistério de Deus.
             Esta opção fundamental de sua vida transborda em suas ações e caracteriza as atividades no plano temporal.
         No Decreto “Presbyterorum Ordinis” (nº 2), o Concílio Vaticano II nos ensina: “O fim a que visam os presbíteros por seu ministério e vida é ocupar-se da glória de Deus Pai em Cristo. Consiste esta glória em aceitarem os homens a obra de Deus levada à perfeição por Cristo”.
           Emerge desse quadro a complexidade de uma missão. Profundamente identificado com o meio de onde é escolhido, com uma destinação da mais alta relevância, não perde as características de fraqueza de seus irmãos. A eles deve trazer o remédio salvífico e, antes, utilizá-lo para si, a fim, de melhor capacitado, transmiti-lo aos outros.
            O sacerdote é pedra de tropeço para quem não o vê em sua dimensão global, divina e humana. A incompreensão o acompanha e assume posições contraditórias no julgamento de muitos. Busca fazer nascer, ressurgir ou aumentar no coração do Povo de Deus o amor de Cristo, esforçando-se por construir uma comunidade viva. Para isso tem por critério a caridade pastoral.
                Pela limitação própria e dos outros, esse pastoreio é muitas vezes mal interpretado, com muitas falhas, cuja correção é lenta, gradual e jamais completada.
             Assim, entre o sacerdote e os fiéis, é imperioso haver íntima colaboração e ajuda. O cristão que apóia este ministério sagrado fortifica a própria ação do Redentor. Este age pelos séculos na concretização de sua obra, particularmente através dos ministros sagrados, cujo caráter sacerdotal não faz desaparecer as limitações terrenas.
            Assim, a escassez de padres, o problema do chamamento de jovens à vida consagrada, é assunto que interessa a cada um de nós. A pastoral vocacional obriga a todos.
          Seu fundamento é a prece, segundo a orientação do Mestre. Ao ver a messe grande e serem poucos os operários, ele diz: “Rogai ao Senhor da messe que envie operários à sua messe” (Mt 9,38). Às paróquias, às famílias, às escolas, aos indivíduos é destinada esta ordem.
             Para facilitar as atividades vocacionais, “a pastoral vocacional deve empenhar a comunidade cristã em todos os seus âmbitos. Obviamente, no referido trabalho pastoral capilar está incluída também a obra de sensibilização das famílias, muitas vezes indiferentes se não mesmo contrárias à hipótese da vocação sacerdotal. Que elas se abram com generosidade ao dom da vida e eduquem os filhos para serem disponíveis à vontade de Deus!” (Papa Bento XVI, “Sacramentum Caritatis”, nº 25)
         O êxito de todo este esforço, autenticamente evangélico, pede a cada membro da comunidade eclesial que assuma sua responsabilidade. Parte especial cabe aos próprios sacerdotes. O exemplo de uma existência inteiramente consagrada ao serviço do Senhor, no desprendimento dos bens materiais, na obediência - uma face oposta às facilidades do mundo - eis uma prova válida para a mocidade idealista aceitar o chamado do Mestre. O padre feliz vale por uma campanha!
           Ele é o homem do Sagrado. Esse mistério do Eterno, que carrega consigo, deve transparecer. Aparentemente as pessoas podem elogiar o ministro profano. Mas somente aquele que faz Cristo viver em seu modo de falar, de agir, de vestir, consegue levar a Deus os que vivem d’Ele afastados; mais do que os métodos de trabalho, dos predicados humanos vale a santidade de vida, extraordinário meio para transmissão da graça.
           O Cura d’Ars é um exemplo vivo ainda em nossos dias. Ele nos questiona, aos padres de modo particular, mas também a toda a comunidade eclesial. Proclama alto o valor do ministro do Senhor para toda a sociedade.

           Na verdade, continuam válidas as palavras do Mestre: o seu seguidor é o sal da terra e a luz do mundo. Interessa a todos conservar essa luz acesa, pois há trevas e insegurança. No ambiente que se decompõe, em meio à corrupção generalizada, goza de grande importância alguém que, por sua palavra e, melhor ainda pelo seu exemplo, seja elemento que conserva os fundamentos da moral. Parabéns Padre pelo seu SIM ao Sacerdócio, obrigado por ser um homem de DEUS.   

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