TEMA: «Vence a indiferença e conquista a paz»
Conselho Pontifício da Justiça e da Paz apela
à «consciência solidária» de povos e nações
Cidade
do Vaticano, 11 agosto 2015 (Ecclesia) – O Papa Francisco escolheu o tema “Vence a indiferença e conquista a paz”
para o 49.º Dia Mundial da Paz, comemorado no dia 1 de janeiro de 2016,
informou hoje o Conselho Pontifício da Justiça e da Paz.
“A
Mensagem de 2016 pretende ser um ponto de partida para todas as pessoas de boa
vontade, em particular as que trabalham na educação, cultura e nos meios de
comunicação, agindo cada um segundo suas próprias possibilidades e de acordo
com as melhores aspirações para construirmos juntos um mundo mais consciente e
misericordioso, e, portanto, mais livre e mais justo”, revela o Conselho
Pontifício da Justiça e da Paz.
Num
comunicado publicado na Sala de Imprensa da Santa Sé, o Conselho Pontifício da Justiça e da Paz observa que a “indiferença aos flagelos atuais” é um
dos motivos que prejudicam a paz no mundo.
“A
indiferença é frequentemente associada a várias formas de individualismo que
produzem isolamento, ignorância, egoísmo, e isso leva ao desinteresse”, alerta
o conselho pontifício para quem o aumentar a informação “não é sinónimo de
maior atenção para os problemas” se estes não foram acompanhados por uma maior
consciência solidária.
Por
isso, para além da contribuição das famílias reafirma-se o pedido de ajuda aos
educadores, aos formadores, a todos os operadores culturais e de média, aos
intelectuais e aos artistas.
“Na
verdade, a indiferença pode ser superada apenas se se enfrentar esse desafio
juntos”, observa o dicastério presidido pelo cardeal Peter Turkson.
“A
paz deve ser conquistada. Não é um bem que é obtido sem esforço, sem conversão,
sem criatividade e sem dialética. Trata-se de sensibilizar e educar para o
sentido da responsabilidade para questões muito graves que afligem a família
humana”, acrescenta o comunicado.
Neste
contexto, o Conselho Pontifício da Justiça e da Paz deu como exemplo “O
fundamentalismo e seus massacres; perseguições por causa da fé e etnia;
violações da liberdade e dos direitos dos povos; abuso e escravidão de pessoas;
a corrupção e o crime organizado; as guerras que provocam o drama dos
refugiados e dos migrantes forçados.”
Este
trabalho de sensibilização e de formação é uma “oportunidade e possibilidade”
para combater “esses males” através do amadurecimento de uma cultura da
legalidade, da educação para o diálogo e a cooperação que são “formas básicas
de feedback construtivo”.
O
comunicado revela ainda que um campo onde se pode construir a paz cotidianamente
vencendo a indiferença é o da “escravidão presente no mundo”, às quais que foi
dedicada a Mensagem "Já não escravos, mas irmãos" para o Dia Mundial
da Paz de 2015.
A
mensagem do Papa para o dia 1 de janeiro é enviada para os Ministérios dos
Negócios Estrangeiros de todo o mundo e também designa a “linha diplomática da
Santa Sé para o novo ano”, contextualiza ainda o Conselho Pontifício da Justiça
e da Paz.
O
Dia Mundial da Paz foi instituído pelo Papa Paulo VI e é realizada todos os
anos no dia primeiro de janeiro.
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