quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

DOGMAS: O QUE SÃO? E PARA QUE SERVEM?

DOGMAS:

A palavra Dogma vem do grego édoksen e significa decreto.

O QUE SÃO:

São luzes no caminho de nossa fé, que o iluminam e o tornam seguro. Podemos ainda dizer que Dogma é o depósito da fé.

PARA QUE SERVEM:

O objetivo do dogma não é ser um fim em si mesmo, mas nos ajudam a compreender mais profundamente o mistério de Cristo. Isto vale também para os dogmas sobre Maria.
Todos os dogmas, na verdade, proclamam a ação de Deus na história em favor dos homens. Eles têm, pois, significado enquanto estão a serviço da fé e da piedade de todo o povo cristão.
Para proclamá-los, a Igreja recorreu a duas fontes que guiam a fé: A Sagrada Escritura e a Tradição.

DOGMAS MARIANOS:

            São as verdades de fé sobre Maria, sendo quatro estas verdades.
           
            A) MATERNIDADE DIVINA:

 O primeiro dogma a ser definido. Mãe de Deus, Theotókos: Foi definido em 431 d.C., no Concílio de Éfeso, com a finalidade de      afirmar a unidade da pessoa de Cristo. Reconhecer Maria como Mãe de Deus significa, na verdade, professar que Cristo, Filho de       Maria segundo a geração humana, é Filho de Deus e Deus Ele próprio. 
            Sobre esta verdade de fé, todas as Igrejas cristãs, isto é, as Igrejas católica, ortodoxa, anglicana e as reformadas (protestantes) - que até o século XI estavam unidas - estão de acordo.
Deus, na pessoa de Jesus e por meio de Maria, entrou em nossa história. Assumiu tudo o que é humano, menos o pecado. A         maternidade divina também faz de Maria a nova Eva.  Em cada mulher, Deus deixa transparecer seu rosto. Por fim, por meio desta        maternidade divina, Jesus nos assume como irmãos, o que faz de Maria a mãe de todos os viventes.
            B) VIRGINDADE PERPÉTUA DE MARIA:

 Maria é virgem antes, durante e depois do parto, ou como dizia o Papa Paulo VI, virginitas ante partum, in partu et post partum.             Dizemos que Maria é virgem antes do parto baseados nos relatos de Mt 1, 18-25 e Lc 1, 34-35, ou seja, concebida pelo poder do            Espírito Santo; também é virgem durante o parto, isto definido no Concílio Lateranense em 649 d.C. Significa dizer que Jesus    nasceu de modo milagroso, sem abrir o seio materno; e Maria é virgem depois do parto, não tendo, portanto, contato sexual com       José e claro, não teve mais filhos. Os chamados “irmãos de Jesus”, relatados nas Escrituras, são seus primos em vários graus, pois          no idioma aramaico e hebraico, que Jesus falava, não existe a palavra primos, os quais são todos irmãos, ou seja, parentes.
Toda a vida de Maria foi uma total disponibilidade aos desígnios de Deus; sua virgindade é resultado de sua consagração total ao             Senhor, o que faz de Maria exemplo para os que querem ser somente do Senhor, não sendo mais de outras denominações ou do     mal.

C) IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA: (IMMACULATA)

Proclamado pelo Papa Pio IX à 8.12.1854, por meio da bula Ineffabilis Deus, afirma a imunidade de Maria do pecado original,            aquele cometido por Eva. A pessoa de Maria é, desde o momento de sua existência pessoal, por graça de Deus Pai, preservada do         pecado original. A humanidade, caída em desgraça pelo sim de Eva ao mal, é redimida pelo sim de Maria ao Espírito Santo do         Senhor.
            A bula Ineffabilis Deus diz: A Bem-Aventurada Virgem Maria, desde o primeiro instante de Sua concepção, por graça singular e privilégio de Deus, Todo-Poderoso, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, foi preservada imune de toda mancha do pecado original".
Em Maria, começa o processo de renovação e purificação de todo o povo, pois Ela, imaculada, é modelo para a salvação que       teremos. Assim, Ela é toda de Deus, protótipo do que somos chamados a ser. Em Maria e em nós age a mesma graça de Deus.           Se nela Deus pôde realizar seu projeto, poderá realizá-lo em nós também.
            D) A ASSUNÇÃO DE MARIA:

Este dogma, proclamado em 1950, no dia primeiro de novembro, pelo Papa Pio XII, por meio da Constituição Apostólica             Munificentissimus Deus, afirma a glorificação corporal de Maria, ou seja, que Ela, depois da sua vida terrena, se encontra no estado        em que os justos se encontrarão depois da ressurreição final. Maria é assunta em corpo e alma à glória celeste, por vontade de Deus Pai e Jesus Cristo, Deus Filho, no Espírito Santo.
Assunção é diferente de Ascensão. Maria é assunta, ou seja, precisou de Deus para elevá - la ao céu; Jesus ascendeu ao céu, ou        seja, foi por vontade própria. Observar que a    
            Assunção de Maria é uma mudança de estado e não de lugar. Não é possível localizar um corpo glorioso. A Igreja oriental             usa o temo “Dormição”
           
Maria é imagem e início da Igreja do futuro, aquela que será feita no Reino dos Céus nos finais dos tempos (cf. Apocalipse 21-22;         epílogo). Com Maria, uma mulher participa da Glória do Deus vivo; a dignidade da mulher é reconhecida pelo criador. Por tudo isto é       que devemos entender que o nosso corpo, templo do Espírito Santo é para a santidade, não para o pecado, pois iremos todos ao      Pai, assuntos como Maria, na plenitude do fim dos tempos.
            De sua parte, a Igreja Católica deduziu estes dois dogmas ao longo do tempo, através de uma reflexão teológica, cujos dados estão      contidos, em germe, na
            Escritura e na mais antiga Tradição. Este principio  de desenvolvimento teológico do dogma, a Igreja o adotou também para outros       importantes aspectos doutrinais que não estão sempre claramente explicitados na Bíblia, como, por exemplo, a definição dos 7 Sacramentos e a infalibilidade pontifícia...Maria, como toda criatura, também foi salva por Cristo: mais do que ter sido "isenta" do             pecado original, dever-se-ia adotar o termo "preservada" do pecado original, isto é, beneficiou-Se antecipadamente da redenção    feita por Cristo... Assim, Maria gozou imediatamente da plenitude dos frutos da redenção que os demais
            féis só gozam depois da morte. É certamente um privilégio, mas que não a subtrai da sorte comum dos demais seres    humanos: só o antecipa.
            O Segundo Concílio de Nicéia (787) distinguiu a veneração aos santos (dulia) da adoração (latria) devida somente a Deus. O            recurso fundamental do culto cristão é o que vai ao Pai, através do Filho, no Espírito Santo. O destinatário do culto é sempre Deus. O             caminho mais direto é o do Filho para chegar ao Pai.   

APLICAÇÕES SOBRE NOSSAS REALIDADES A PARTIR DOS DOGMAS
            a) Maternidade divina, Mãe de Deus:                                                                                                    

              Células -tronco, embriões, aborto, pílula do dia seguinte, preservativos? A maternidade de Maria nos ensina o direito à vida de         maneira incondicional. A expressão Mãe de Deus remete ao Verbo de Deus que, na Encarnação, assumiu a humildade da            condição humana, para elevar o homem à filiação divina. Proclama também a nobreza da mulher e sua altíssima vocação. Deus trata       Maria como pessoa livre e responsável, e não realiza a Encarnação de seu Filho senão depois de ter obtido o seu consentimento.
b)Virgindade Perpétua:

Castidade de vida, castidade de propósitos, castidade matrimonial, valor da castidade como conduta pré-nupcial, castidade de atos e moral, castidade na fé. O anjo do Senhor
            não pede a Maria que permaneça virgem; Ela é que livremente revela a sua intenção de virgindade. Neste empenho se      coloca a sua opção de amor, que a leva a dedicar-se totalmente ao Senhor com uma vida virginal. Ficar puro um para o outro.
c)Imaculada Conceição:

Somos santos e pecadores. Somos todos convidados a sermos santos, mas precisamos arrependermo-nos primeiro de nossos erros. Maria é livre de todos os erros e pecados. Cristo nos redime na cruz. Resta apenas a nossa conversão, nosso real querer. Maria é toda santa em virtude das graças recebidas pelos méritos do Salvador. Que atitudes devemos tomar para também sermos redimidos?
            d)Assunção:
Tatuagens, percings, drogas, álcool, sexo, Aids, noites mal dormidas, má alimentação, regimes, boêmia, anorexia.
Olhando para Maria, o cristão aprende a descobrir o valor do próprio corpo e a preservá-lo como templo de Deus, templo do Espírito Santo, na expectativa da ressurreição.
Maria assunta aos céus é a realidade futura por qual todos passaremos. É anúncio da Salvação antecipado por Ela. Assim como Maria, também seremos chamados à termo para prestarmos conta.
Totus tuus (Todo teu): Sou todo vosso e tudo o que possuo é vosso. Recebo-Vos em tudo quanto me diz respeito. Daí-me vosso coração, ó Maria. – Lema do Papa João Paulo II, consagrado a Maria, inspirado em São Luís Maria Grignion de Montfort.

MÃE SANTISSIMA, FOXTE ESCOLHIDA POR DEUS E VIVESTE PLENAMENTE ESTA ESCOLHA, AJUDA-NOS A VIVER COMO   ESCOLHIDOS E REVESTE-NOS COM SEU MANTO PARA QUE NÃO NOS PERCAMOS NO CAMINHO, PRESERVEMOS A       VIDA E ANUNCIEMOS A VERDADE QUE É TEU DIVINO FILHO. AMÉM

            Com minha benção!
Diácono Flori


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